Situação deixa pais de alunos desolados; entra ano sai ano, sempre que chove os
alunos de da Colônia Agrícola 26 de Setembro não conseguem chegar a escola.
Mesmo depois de 17 anos implantados, os moradores da Colônia Agrícola 26 de
Setembro em Vicente Pires ainda sofrem com o descaso do poder público e da
justiça. A Colônia Agrícola foi criada em 1996 pelo decreto 17.502, mas dois
anos depois o assentamento que contava com 134 famílias produzindo seu
sustento, foi repassado para a União. Criaram e assentaram as famílias em 1996
e em 1998 resolveram transformar em Floresta Nacional. Pasmem, mas é isso
mesmo! Pela falta de planejamento, covardia e má administração do governo, o
local passou de área produtiva legalmente criada e começou a ser considerada
ameaça ao Parque Nacional.
Essa pendenga judicial vem se perpetuando há 17 anos e ninguém mantém os
direitos básicos dos moradores. Mesmo com as garantias legais e imposições da
lei para que os pais mantenham as crianças na escola e as garantias à educação
como um direito de todos e dever do Estado, com a conseqüente obrigatoriedade
do ensino dos 07 aos 14 anos e a gratuidade nos estabelecimentos oficiais não
são oferecidas condições para o exercício do direito.
Ressaltamos ainda que a lei também garante que pode haver
chácaras em área de Flona.
Mesmo que o lugar fosse uma Flona já definida com todas as ações julgadas,
ainda assim poderia haver chácaras dentro dela. Portanto, as estradas e as
necessidades básicas deveriam ser supridas, como por exemplo, o direito de ir e
vir e estudar dessas centenas de crianças.
Meses depois do início do ano letivo, os alunos da Colônia pouco puderam
aprender na escola. Mas, mesmo tão pequenos já percebem a omissão do estado e a
covardia imposta pelo ICMBio que não permite a arrumação das estradas... O
descaso do GDF e principalmente da Administração Regional.. O chefe de
gabinete, mesmo sendo morador da cidade há muitos anos, se resume a dizer em
audiência com a promotoria que está sendo pressionado pela população e não sabe
o que fazer. Ora, a administração tem vários assessores e entre eles um
jurídico e essas falas demonstram a total incapacidade administrativa de todos
e deixa claro que estão ali para manter o cargo e o salário, pois nada fazem
para conhecer e brigar pelo direito da população. Se tivesse interesse mesmo,
argumentariam e mostrariam os direitos legais.
Nosso administrador interino tem um lindo discurso! Ele aparece apenas quando
existe mídia e depois desaparece e não se comunica com o povo. Já o chefe de gabinete
é ótimo fotógrafo e um excelente divulgador de buracos mal tapados e serviço
mal feito.
Já o ICMBio, com a desculpa do parcelamento das chácaras, está punindo a
todos, mesmo com os direitos garantidos por lei. Segundo o Sr. Bernado Issa, responsável
pela Flona da 26, a arrumação das ruas não podem acontecer, pois existe uma
preocupação de que as benfeitorias autorizadas sirvam como fomento a expansão
dos parcelamentos clandestinos. Com isso, Robson Rodrigues da Silva vem negando
veementemente os direitos dessa tão sofrida gente.
O que podemos perceber diante de tais colocações é falta de conhecimento
da realidade do setor que hoje conta com mais de 7.200 famílias e que mesmo com
a presença maciça desses órgãos a maioria das chácaras foram parceladas e
poucas ainda estão intactas. A rigidez na fiscalização em nada ajudou.
A AGEFIS, que sempre foi considerada um monstro para todos, mostra que ganhou
mais dentes, garras e aumentou o pavor de todos com a chegada da Sra. Bruna
Pinheiro na direção. O negócio dessa nova diretora é acabar com tudo que diz
respeito a condomínios. Mas, ela mostra preocupação e rigidez apenas em acabar
com os sonhos dos pobres, pois para os ricos como a orla do lago Paranoá, ela
não cumpre imediatamente, fica esperando e protelando até que saia uma decisão
judicial favorável aos dois lados. Uma vergonha...
O governo de Rollemberg ou seria enrollemberg? Esse não tem palavra,
pois quando senador fez audiência pública e em campanha prometeu dar solução
para a Flona da 26 de Setembro. Agora tudo mudou e ele não sabe e nem se lembra
de nada...
Enquanto isso os pais de alunos começam a se preocupar com as avaliações
do primeiro bimestre. Os filhos de José, Bruna de 11 anos e Felipe de 8 anos,
só foram para a escola duas vezes este ano. Segundo José, em anos anteriores a
dificuldade do transporte já existia, mas desta vez o local parece ter sido
esquecido. Ele teme que os filhos percam o ano se o problema não for resolvido.
Francisco e José moram cerca de 20 quilômetros da escola. O acesso é tão
ruim que o transporte dos alunos é feito por um ônibus que sempre fica pela
estrada e se quiserem chegar à escola tem que sair a pé e caminhar até a DF001.
Outra moradora é Silvana Rodrigues, que tem dois filhos estudando. Este ano já
aconteceu de eles não poderem ir estudar. "Isso nos preocupa, pois quando
chove estamos ilhados".
A estrada tem muitas crateras. Em alguns pontos a estrada é estreita e
mesmo dias depois da chuva ainda permanecem os buracos cheios d’agua. Com chuva
o ônibus atola, em tempo de seca quebra e a poeira não deixa os alunos chegarem
à escola em condições de estudar. Estes pontos são os obstáculos que impedem
muitos alunos de ter acesso ao transporte.
Impacto
O diretor da Escola comenta que este ano na maioria dos dias letivos
houve dificuldade para que os alunos chegassem à escola. Muitas vezes, mais da
metade dos alunos não conseguiu chegar para as aulas. "Já repassamos a
situação para o governo e buscamos contornar a situação da melhor forma, para
que os alunos não sejam prejudicados".
A professora de uma das turmas conta que poucos alunos compareceram às aulas. O
resultado é que toda a programação pedagógica precisa ser refeita. A orientação
é que nos dias em que os ônibus não chegam, os professores não trabalhem
conteúdos novos.
A única coisa que podemos fazer é encaminhar atividades extras para
serem feitas em casa, mas de qualquer forma não é o ideal, conclui.
Com esse jogo de empurra e enrola e com a falha de todos os órgãos, bem
como com a incapacidade desse governo de resolver coisas simples e garantidas
por e lei, essa gente vai continuar sofrendo e pedindo socorro.
E agora quem poderá nos ajudar? Tomara que apareça logo o Chapolim Colorado,
pois com toda inteligência desse governo e dos órgãos como ICMBio e Agefis
essas crianças vão perder a esperança e o ano letivo.
Gilberto Camargos
Belas e sinceras palavras! O Rodrigo Rollemberg e Renato Santana simplesmente não lembram mais dos votos que ganharam daquela população e literalmente viraram as costas para todos que moram ali.
ResponderExcluirDeixam as leis de lado para satisfazer opiniões próprias!
Dizem que se avalia o governo pelos seis primeiros meses, o que podemos dizer do atual? #VERGONHA!