quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

VICENTE PIRES - Veículos ocupam as calçadas dos pedestres!

Cadê os estacionamentos de Vicente Pires?


Na foto acima podemos constatar a capacidade dos engenheiros que mudaram os projetos, colocando uma calçada ao lado da rua, onde já existia outra calçada acessível e de boa qualidade ao lado do muro, deixando o local de estacionamento sem acesso. Também podemos ver a qualidade das obras executadas: calçada com menos de 6 meses já estava toda destruída, enquanto a antiga com mais de 8 anos ainda está perfeita.





E os estacionamentos e demais benfeitorias, quando virão?


Vicente Pires tinha tudo para ser uma cidade mais funcional se a atual obra pública tivesse sido planejada e executada com os olhos voltados para o futuro

Muitos devem se perguntar o porquê da atual obra de urbanização de Vicente Pires não ter contemplado estacionamentos. Realmente é algo difícil de compreender, afinal, mais dia menos dia, eles precisarão ser construídos, pois fazem parte do contexto urbano de qualquer cidade minimamente funcional.

Vicente Pires está crescendo muito e o simples fato de termos drenagem pluvial, esgoto, água potável, calçadas e um asfalto novinho em folha já atrai muito mais gente para morar e empreender na região, o que representa mais investimentos para uma economia local que tende a crescer. Só que isso se torna um problema, se a cidade não estiver minimamente estruturada para abrigar esse contingente populacional.

Quando saímos pelas novas vias, percebemos logo de cara que falta algo. Ou seja, a cidade melhorou, mas ainda está estranha. Vemos que, no lugar onde deveria ter mais uma faixa para veículos e até mesmo uma ciclovia, foi criado um estacionamento improvisado, com vagas lineares, que tumultuam o trânsito e nos fazem retornar ao passado, em que o fluxo de veículos, por vezes, é interrompido por alguém que precisa estacionar ou sair da vaga.

Poderíamos sonhar, também, com uma iluminação mais bonita, controle de tráfego e telefonia automatizados e eficientes, com cabos elétricos, lógicos e de fibra ótica enterrados no solo, sem esse monte de fios desorganizados no alto dos postes e por cima das vias. É algo que teria sido possível ao menos ser preparado, para execução em outra fase da urbanização. Evitaria ter que picotar o asfalto e as calçadas, para fazer depois.


O mesmo ocorre com o problema das calçadas fora do lugar ideal, pois elas deveriam ser ao lado dos muros e do comércio, entre o estacionamento e o asfalto. Na atual obra não se construíram os estacionamentos porque a licitação não os contemplou, mas as calçadas poderiam ser já instaladas no local exato, sem interrupções, atendendo com segurança a acessibilidade.

Com um pouco mais de interesse e criatividade do gestor público e dos arquitetos urbanistas, essas benfeitorias e adaptações poderiam ter sido previstas, mesmo que não fossem construídas de uma só vez. Os recursos são escassos, todos sabemos, mas, aos poucos, chegaríamos à tão sonhada urbanização que projetamos para a região.

Essa infraestrutura inicial seria, portanto, o elemento de transição da velha Vicente Pires problemática para a moderna. Criamos uma cidade improvisada, mas ela poderia ser moderna e funcional. A atual obra de infraestrutura até que resolveu boa parte dos problemas históricos da região, porém o que falta será bem mais difícil e caro de se realizar.

É cada vez mais recorrente que o meio urbano necessita ser um local aprazível, que integre o meio ambiente, as áreas de convivência e todas essas facilidades que trazem qualidade de vida e felicidade a uma população. Com planejamento, competência e acima de tudo vontade, tudo isso seria possível realizar, mesmo em Vicente Pires, que nasceu de trás para a frente.


 

Um comentário: