segunda-feira, 5 de junho de 2023

Vicente Pires sofre com o excesso de tráfego


Moradores de Vicente Pires vivem o stress de engarrafamentos e falta de estacionamentos, situação agravada pelo fechamento da via de acesso ao viaduto da EPTG.  

Moradores e comerciantes já não conseguem mais transitar nos horários de pico pelas ruas 03, 04A, 07, 08, 10 e 12, nas saídas e entradas da cidade, sem passar por transtornos como engarrafamento e ficar parte do seu dia num enervante pára-arranca suburbano que, aparentemente, só terá solução com a paralisação das construções de edifícios e, claro, voltar a pensar na duplicação das principais vias como estava previsto nos projetos que foram deturpados.  

A redação do jornal Conversa Informal passou alguns dias nas ruas e nas saídas de Vicente Pires para ver como estavam a vida dos motoristas nos horários de pico. Os piores momentos para os motoristas que chegam a esperar por mais de 20 minutos na parte da manhã, são nas saídas das ruas 8, 10 e 12 para entrar no pistão norte, ruas 3 e 5 para entrar na Via Estrutural e ruas 3 e 4A, para entrar na EPTG. O problema se repete à tarde quando essas mesmas ruas voltam a engarrafar.  

Os principais problemas relacionados ao trânsito no local se devem a alguns fatores: a própria localização de Vicente Pires, que está entre as movimentadas vias EPTG e Estrutural, recebendo veículos vindos das mais diversas localidades; situação agravada pelos veículos que utilizam Vicente Pires para chegar a Águas Claras, que cresce a cada dia mais com novas construções imobiliárias, aumentando o número de moradores e veículos.  

Para os motoristas, as dificuldades de Vicente Pires já são sentidas há algum tempo e só tendem a piorar. A infraestrutura da cidade, da forma como foi feita, não está comportando o número de moradores atualmente e veículos.  

A situação só piora com as construções de edifícios fora dos padrões. Se não parar agora, a cidade terá um colapso. Só nos próximos meses, devem vir mais de 400 novas famílias para habitar os edifícios que estão em fase de conclusão. A obra de construção do Viaduto da Via Estrutural, da ponte ligando a Rua 1 da CAS a Vicente Pires, a ponte ligando o Jóquei a Vicente Pires não tem nem previsão e, ao que parece, estava somente nas conversas políticas, que já se calaram.  

Para piorar a qualidade de vida em Vicente Pires, o governo está lançando um novo bairro com centenas de edifícios no Jóquei Clube. Fazer novos bairros e arrecadar dinheiro para a Terracap é a única preocupação do governo, mas transporte coletivo de qualidade ninguém fala nada e com essa inauguração da nova cidade, será outro fator que fará aumentar ainda mais o volume de carros e pessoas transitando pela cidade, transformando-a em caos total. Estas obras serviriam para desafogar a saída da cidade.     

A maioria absoluta dos prédios não têm vagas de garagem e os moradores querem estacionar perto de casa e, sem espaço suficiente, acabam estacionando seus veículos na frente de garagens, em cima das calçadas, nas faixas de pedestres ou até mesmo em áreas com placas de estacionamento proibido.  

Durante o dia é praticamente impossível encontrar estacionamento em Vicente Pires. A solução encontrada está sendo sair de casa sem carro, porque não têm como estacionar. Com isto, mesmo o destino sendo longe de casa, o morador é obrigado a andar a pé. Com todos esses problemas, até agora não temos proposta de ninguém sobre como resolver o assunto.

Comércio. Os moradores reclamam e os comerciantes completam o coro. Um dos pioneiros de Vicente Pires, liderança da cidade, Alberto Meirelles, lamenta. “Nós éramos felizes e não sabíamos. A gente tinha o direito de ir e vir. Atualmente não temos mais essa condição, estamos dependentes do trânsito, se está fluindo bem ou mal, mas quase sempre está muito mal”.   

Ele avaliou as mudanças nas obras que acarretaram vários problemas na cidade. “Com a execução das obras, que trouxeram benefícios, mas ao mesmo tempo prejudicaram Vicente Pires, porque as obras que deveriam ser feitas não foram feitas, as ruas não foram duplicadas e as calçadas fora do lugar tomaram o lugar dos estacionamentos; o fluxo de veículos aumentou assustadoramente e isto dificulta a circulação dentro, bem como na entrada e saída de carros. Vivemos numa cidade de pequeno porte, com dificuldades de cidades de grande porte”, avaliou Alberto.  

Eles adoram engarrafamentos Para vendedores ambulantes, os transtornos do trânsito são garantia de sobrevivência, então, nesse caso, Vicente Pires está virando o paraíso.  

Por Gilberto Camargos

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