segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

VICENTE PIRES INDICA LISTA TRÍPLICE PARA O GOVERNADOR ESCOLHER O PRÓXIMO ADMINISTRADOR




O atual administrador e presidente da Novacap, Júlio Menegotto, já provou que é capaz. Mas, por ser homem de confiança do governador, não ficará no cargo.


(*) Por Geraldo Oliveira - do blog Vicente Pires Alerta


SAI DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL o interino Renato Santana, que permaneceu por um ano e oito meses e entra o também interino, Júlio Menegotto, que ficará no cargo por, no máximo, quarenta dias. Desde a saída de Celeste Liporoni, há cerca de dois anos, nossa cidade não sabe o que é ter um administrador que more por aqui e vivencie de fato os graves problemas que enfrentamos, em seus detalhes.

A DESPEITO DE RECONHECER que a administração de Renato Santana e do atual gestor, Júlio Menegotto, foram e estão sendo boas para a cidade, pois ambos trouxeram com mais contundência a máquina pública de obras para cá, ficamos sempre com a sensação de que, por mais que eles sejam considerados “administradores ideais”, sua interinidade é o que se destaca. Ou seja, há a certeza de irão sair a qualquer momento.

ENTÃO, RESTA A PERGUNTA: assim que sair o poderoso Júlio da Novacap, quem irá assumir? Seria um morador ou alguém de fora, como tem ocorrido com os interinos? Caberia, então, outra pergunta: Se vier um administrador de outro lugar, sem o “tal empoderamento” e sem o conhecimento de nossas necessidades, terá efetividade sua administração? Será aceito pela comunidade?

HÁ INFORMAÇÕES NOS BASTIDORES DO GOVERNO de que, mais uma vez, Vicente Pires terá um administrador indicado por um deputado distrital, pois esta é a estratégia de Rodrigo Rollemberg para fortalecer sua base na Câmara Legislativa. Rodrigo até tem maioria na CLDF hoje, mas ela é frágil em números, pouco mais que 13 votos, que é a maioria simples do Legislativo. Na atual configuração, o governador não tem garantia de que todos os seus projetos serão aprovados, que o diga o recente episódio do aumento das passagens.

ENTÃO, SE ESTE É O OBJETIVO, FICAM PARA RODRIGO ROLLEMBERG ALGUNS DILEMAS: nomeia em Vicente Pires alguém de sua confiança, com perfil executivo e empoderado como o Júlio Menegotto ou alguém com perfil político, ligado a algum deputado? E tem mais: se a opção for a segunda, terá o deputado distrital a sabedoria de indicar um morador que conheça nossas carências, seja capaz e possua identidade com a população?

PARA UM ADMINISTRADOR SER EFETIVO, além de ser bom gestor, ele precisa ter “blindagem” política e bom trânsito na máquina pública. Aquela história do “pires na mão”, todos se lembram? Foi o que aconteceu com alguns administradores que antecederam os poderosos interinos, ninguém conseguiu realizar muita coisa, porque as portas da Novacap, DER, CAESB, CEB, SLU, entre outros, nem sempre se abriam para eles. Então, o governador precisa ser sábio, indicando alguém de sua confiança, que tenha a chance de ter a mesma desenvoltura.

PELO QUE SE EVIDENCIA, VICENTE PIRES está dentro das prioridades do Governo de Brasília, pois aqui serão gastos 500 milhões de reais em obras nos próximos anos. Outra coisa em que acredito é que o governador se preocupa com o fato de que aqui há lideranças comunitárias aguerridas, que brigam pela cidade a qualquer custo. Vocês se lembram do “episódio do tapa-buracos” em 2015, que reverberou até para o Jornal Nacional? Pois é, o fato é que ele deverá ter cuidado na escolha, para o governo não ter mídia negativa como aquela.

RECENTEMENTE, DIA 25/01/2017, as lideranças comunitárias de Vicente Pires solicitaram formalmente (por ofício) ao governador, a oportunidade de novamente a cidade ter um administrador que more aqui. Foram sugeridos três nomes, todos com tendência de serem aceitos pela população. Foram eles: ANCHIETA COIMBRA, professor e presidente da Associação Comercial e Industrial, LUCIANO IBIAPINA, artista e presidente do Grêmio Carnavalesco de Vicente Pires, além deste blogueiro, economista, servidor de carreira da CLDF e líder comunitário que vos escreve (GERALDO OLIVEIRA). Se o governador acatar, mesmo que seja através de um deputado, mostrará que está sensível à cidade, valorizando as entidades representativas que indicaram os nomes.

SENDO MORADOR, HÁ A TENDÊNCIA de que o administrador seja um bom gerente conciliador de conflitos, especialmente quanto às obras de infraestrutura que já começaram, pois elas trarão muitos transtornos a condomínios, chacareiros, ocupações em APPS, entre outras polêmicas.

ADICIONALMENTE À ESCOLHA, SE OPTAR PELO MORADOR (?), Rollemberg precisará determinar aos órgãos executores do governo que continuem a prestar a mesma assistência à cidade, para não deixar a peteca cair. O deputado padrinho também precisa ser forte politicamente, para continuar abrindo portas para Vicente Pires.

CONTUDO, ESTAS SÃO APENAS CONJECTURAS. Projetei neste texto um cenário ideal, para o governador refletir quanto à melhor escolha a fazer. Se resolver entregar a administração a um deputado, que o oriente a escolher um morador com o perfil sugerido. Se o deputado escolher alguém de fora, tal gestor precisará ser muito capaz e fazer realmente a diferença, como os interinos fizeram, para ser tolerado.

Até o próximo mês e um grande abraço!


(*) Geraldo Oliveira é blogueiro, servidor de carreira da Câmara Legislativa e Vice-Presidente da AMOVIPE e do Conselho Gestor de Saúde de Vicente Pires

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