segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

OBRA DE URBANIZAÇÃO DE VICENTE PIRES PODE SOFRER INTERVENÇÃO DE ÓRGAÕS DE CONTROLE


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Gilberto Camargos mostrando os problemas e a solução ao Secretário de Obras, Dr. Coimbra

Falta de planejamento e de fiscalização, execução ruim, exclusão de pontes, viadutos e simplificação de vias que seriam duplicadas preocupam a todos...


"Mas vai aparecer um salvador da pátria para convencer o povo que o governo está certo..."
                                                                                                
Nosso povo deve estar se perguntando por que as obras de Vicente Pires não deslancham e só se vê ruas lamacentas, poeirentas, comerciantes fechando as portas e pessoas adoecendo. Por todos os bairros do SHVP a reclamação é geral, porque a expectativa em relação aos benefícios da obra infelizmente está frustrada. Há seis meses que pequenas ruas internas de condomínios e até vias públicas inteiras convivem com poeira e lama, sendo que tudo poderia ser diferente. 

O que muitos não imaginam é que, por trás de tanta lentidão, há muitos problemas, advindos da própria dificuldade de se executar esse tipo de obra em local habitado, mas em maior parte por falta de gestão. Empresas executoras fazem o que bem entendem, os contratos são omissos e não preveem determinados serviços e insumos; não se cumpre eficazmente o chamado fluxo executivo-financeiro e decisões equivocadas, tanto técnicas como políticas, dão o norte da obra. 
Se já não bastasse tudo isso, estão sendo feitas alterações de impacto no projeto e na execução, que com certeza vão comprometer o futuro de Vicente Pires, com reflexos negativos perigosos para o contexto da mobilidade urbana interna e regional. Quais seriam tais intervenções? Ruas que seriam duplicadas passarão a ser simples. Quase todas as pontes de ligação internas serão extintas. Viadutos da Via Estrutural serão reduzidos de 3 para 1! 

A Associação de Moradores de Vicente Pires e Região (AMOVIPE) e seu presidente, Gilberto Camargos, até vêm tentando mediar a questão, com propostas e alternativas melhores que as que vêm sendo tomadas. Contudo, ninguém da Secretaria de Obras ou do Governo dá ouvidos. A Associação até agendou duas reuniões com o Secretário de Obras, Antônio Coimbra, mas ambas foram desmarcadas pelo Secretário, alegando outros compromissos. 

Na avaliação de Gilberto Camargos, o Governo não deixa os representantes dos moradores participar das tomadas de decisão, por questões políticas. Segundo ele, a AMOVIPE incomoda muito porque exige o que é certo e melhor para a população de Vicente Pires. E o faz com veemência, colocando o dedo na ferida. “É um contrassenso a Secretaria agir desta forma, pois nós moradores vivenciamos os problemas e enxergamos as soluções. E poderíamos contribuir muito na resolução de conflitos na execução”, observa.
Gilberto Camargos diz que não vê alternativas que não seja a intervenção de órgãos de controle na obra, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a própria justiça, para defender o interesse dos moradores. “Os projetos originais precisam ser obedecidos e, se necessitam de alterações, elas devem ser feitas para aprimorar, jamais para prejudicar”, observa.

Por conta do iminente prejuízo à cidade, a AMOVIPE lançou uma consulta pública nas redes sociais e grupos de Whatsapp da entidade, para que a sociedade vicentepirense autorize a Associação a pedir a intervenção, cuja minuta já estaria pronta. Em reunião com síndicos e moradores, ocorrida no Salão de Festas Capital Park, no final de 2017, a decisão foi unânime: a entidade está autorizada a ingressar na justiça.

Gilberto Camargos informou que a Associação não ingressou na justiça ainda porque sabe que as obras podem ser paralisadas temporariamente. Esclarece que nem ele nem a AMOVIPE querem embarreirar as obras ou as paralisar, cuja necessidade de fluírem é fundamental para todos. “Mas, diante dos iminentes prejuízos futuros e da inflexibilidade da Secretaria de Obras em nos ouvir, não estamos tendo alternativas”, observou. Até o fechamento desta edição, uma nova tentativa de reunião estava sendo tentada, pela AMOVIPE. 

Para Gilberto Camargos o maior problema foi o governo ter deixado as obras para serem executadas próximo das eleições de 2018 e ainda garante que tem informações seguras de que tudo está programado para iniciar após o mês de agosto, vão entrar nos condomínios, abrir frentes de trabalho em todos os lotes e para que o governador fique bem na fita e o povo esqueça todos os transtornos causados, teremos um administrador que fará o trabalho de agradar a todos, quase um herói. Esse administrador deverá ser uma das lideranças da cidade, ou terá o apoio dessas supostas lideranças que apoiam o governo. Mas será caos total.
"Vai aparecer um salvador da pátria para convencer o povo que o governo está certo..." afirma Gilberto.


Até o próximo mês e um grande abraço! 


(*) Geraldo Oliveira é blogueiro em Vicente Pires, Vice-Presidente da AMOVIPE e servidor de carreira da Câmara Legislativa.

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