É assim que se sente pedestres e cadeirantes de Vicente Pires com as novas obras...
O absurdo é tamanho que mudam até o curso das ruas para desviar de puxadinhos ilegais...
Nosso povo está se perguntando por que as obras de
Vicente Pires não deslancham e só se vê ruas lamacentas, poeirentas,
comerciantes fechando as portas e pessoas adoecendo. Por todos os bairros do
SHVP a reclamação é geral, porque a expectativa em relação aos benefícios da
obra infelizmente está frustrada. Pequenas ruas internas de condomínios e até
vias públicas inteiras convivem com poeira e lama, sendo que tudo poderia ser
diferente.
O que muitos não imaginam é que, por trás de tanta
lentidão, na maior parte é por falta de gestão. Empresas executoras fazem o que
bem entendem, os contratos são omissos e não preveem determinados serviços e
insumos; não se cumpre eficazmente o chamado fluxo executivo-financeiro e
decisões equivocadas, tanto técnicas como políticas, dão o norte da obra.
Se já não bastasse tudo isso, estão sendo feitas
alterações de impacto no projeto e na execução, que com certeza vão comprometer
o futuro de Vicente Pires, com reflexos negativos perigosos para o contexto da
mobilidade urbana interna e regional. Quais seriam tais intervenções? Ruas que
seriam duplicadas estão sendo alargadas, mas passarão a ser ruas simples. Como
assim? As ruas estão sendo alargadas para 4 vias, porém não possuem
estacionamentos e calçada acessíveis. Ao invés disso, estão fazendo a calçada ao
lado da rua e deixando um espaço que seria o estacionamento ao lado dos
imóveis. Assim, os veículos param por cima da calçada e ocupam uma das vias,
ficando a rua sem acessibilidade e sem estacionamento legal.
Ninguém fala com clareza sobre as pontes de ligação
internas e Viadutos da Via Estrutural, tudo é apenas promoção em cima do que a
população, cega de tanta poeira, busca desesperadamente: o asfalto. Isso mesmo,
todos estão neste momento buscando e sonhando com o asfalto que nem conseguem
ver o nó na mobilidade e na acessibilidade de amanhã. Já os “gestores”, estes
estão usando esse sonho advindo do desespero para se promoverem, mostrando que
o asfalto chegou. Batem tanto nessa tecla com fotos e vídeos nas redes sociais
que conseguem cegar a população quanto ao que poucos enxergam.
A Associação de Moradores de Vicente Pires e Região
(AMOVIPE), da qual sou presidente, até vêm tentando mediar a questão, com
propostas e alternativas que se contrapõem às que estão sendo tomadas. Contudo,
ninguém da Secretaria de Obras ou do Governo nos dá ouvidos. A Associação até pediu
reuniões com o Secretário de Obras, mas todos desse governo só dão atenção para
as velhas raposas que nadam de braçadas no GDF, por apoiarem incondicionalmente
tudo que o governo faz. Isso sem falar que estão tentando moldar novas
lideranças na cidade, como se líder fosse feito...
Apoiados por supostas lideranças e pelas raposas
velhas, estão sempre trazendo deputados e outros políticos para andarem pelas
obras, como se fizessem parte delas e tivessem contribuído para que acontecessem,
porém estão apenas se promovendo, pois daquilo que eram as obras nos projetos
originais à transfiguração que se transformaram, ninguém fala ou faz nada,
apenas se aproveita da falta de conhecimento da população. Enganação promotiva!
O Governo não deixa quem representa seriamente os
moradores participar das tomadas de decisão, por questões políticas. O
representante sério incomoda muito porque exige o que é certo e o melhor para a
população, colocando o dedo na ferida. É um contrassenso a Secretaria de Obras
agir desta forma, pois nós, representantes comprometidos com a cidade,
vivenciamos diariamente seus problemas, portanto, enxergamos melhor os caminhos
para soluções.
Se tudo continuar como está, com conflitos e
equívocos nos projetos e na execução, não existe alternativa que não seja buscar
a intervenção de órgãos de controle nas atuais obras. O Ministério Público, o
Tribunal de Contas e a própria justiça necessitam defender o futuro da região. Os
projetos originais precisam ser obedecidos e, se necessitam de alterações, elas
devem ser feitas para aprimorar, jamais para prejudicar.
Embora tenha conseguido autorização para ingressar
na justiça por meio de consultas públicas nas redes sociais, a AMOVIPE não o
fez ainda porque sabe que as obras podem ser paralisadas temporariamente. A
entidade não quer embarreirar as obras ou as paralisar. Mas, diante dos
iminentes prejuízos futuros e da inflexibilidade da Secretaria de Obras para
aprimorar os projetos, não estamos tendo alternativas. Até o fechamento desta
edição, uma nova tentativa de reunião estava sendo tentada.
Queremos lembrar que o governador
Ibaneis Rocha prometeu arrumar a cidade da forma correta, fazer as obras de
acordo com a legalidade e que atendam a todos sem prejudicar o futuro da
cidade, dos comerciantes e dos cidadãos em geral, principalmente os pedestres e
os que têm dificuldades de locomoção, mas na realidade não é isso que está
acontecendo.
Apesar dos apelos da população e da AMOVIPE,
as obras estão sendo tocadas “nas coxas”, nada diferente dos projetos
deturpados do governo anterior. Este governo finge que escuta, mas não faz as
alterações devidas e não considera nossas opiniões, mesmo sendo legítimos representantes
da população.
A população, por meio da AMOVIPE, não
pediu nenhuma modificação que não estivesse de acordo com as leis e não fosse
relevante. As solicitações foram importantíssimas e seu não atendimento fará a
diferença na cidade. Teremos sérios problemas de mobilidade, sem falar que a
acessibilidade, que hoje é quase zero, tende a ser ignorada.
Ao invés de um cronograma de falácias, queremos transparência sobre o que vai acontecer. Mesmo estando deturpadas nos projetos originais, clamamos que as frentes de obras em andamento sejam concluídas antes das próximas chuvas, pois cada dia que passa é um dia a menos para se avançar e se evitar o sofrimento recorrente de nossa população.
Acredito que se o Atual administrador Daniel de Castro fosse o gestor das obras, faria o correto, mas como é a secretária, não tem forças para impor o que é certo, mas tem lutado para isso. Por isso eu digo que ele deveria assumir como deputado...
Ao invés de um cronograma de falácias, queremos transparência sobre o que vai acontecer. Mesmo estando deturpadas nos projetos originais, clamamos que as frentes de obras em andamento sejam concluídas antes das próximas chuvas, pois cada dia que passa é um dia a menos para se avançar e se evitar o sofrimento recorrente de nossa população.
Acredito que se o Atual administrador Daniel de Castro fosse o gestor das obras, faria o correto, mas como é a secretária, não tem forças para impor o que é certo, mas tem lutado para isso. Por isso eu digo que ele deveria assumir como deputado...
Gilberto Camargos



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