segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

POPULAÇÃO DE VICENTE PIRES SE REVOLTA COM PROBLEMAS NAS OBRAS







A paciência chegou ao limite com a falta de fiscalização, paralização e demora na conclusão dos serviços 

O novo administrador de Vicente Pires, Pr. Gilvando Galdino, até que tem demonstrado estar motivado para dar vasão às necessidades de Vicente Pires e de sua população, neste início de trabalho. Sua missão, entretanto, está sendo árdua porque tem ocorrido diversos problemas no acompanhamento das atuais obras de urbanização. 

Há situações geradas pelas chuvas e também aquelas decorrentes da falta de fiscalização. Ao que parece, o governo, a Secretaria de Obras, a Novacap e os órgãos de controle, como o TCDF, não acompanham de perto a execução, deixando tudo a cargo das empresas. Por estar geograficamente mais perto, a Administração Regional até que tenta fazer algo, mas ela não tem poder oficial de fiscalização dos contratos.  

O resultado é que a obra de superfície está sendo feita sem qualidade, o asfalto possui ressaltos onde empoça água, com qualidade duvidosa no subleito e na camada de massa asfáltica, porque em muitos lugares está trincando e afundando. Não bastasse isso, ainda tem a questão da topografia estranha das vias, realizada com rebaixamento exagerado, o que deixou as entradas dos imóveis muito altas.  

As vias muito rebaixadas estão causando e ainda causarão extremo prejuízo para os imóveis – casas, condomínios e edifícios e, agora, os proprietários precisarão fazer reformas estruturais de grande porte, para adequar seus acessos. Em muitos edifícios consolidados, talvez essa tarefa nem seja possível, devido à complexidade na execução. 

Boa parte das calçadas também foi construída de forma descontinuada, em que os acessos de imóveis e frentes de comércio foram deixados para o proprietário fazer. O resultado dessa situação é que cada um faz de seu jeito; isso quando faz. A inclinação, a largura e o rebaixamento ideal, para o cadeirante e o pedestre passarem com segurança, inexistem. 

Ainda há o problema da localização da calçada na via e a execução precária, onde se vê trincas e estufamento do concreto para cima. A alocação deveria ter sido ao lado dos muros, para possibilitar fazer estacionamentos de superfície - algo urgente que Vicente Pires precisa, devido à quantidade de prédios sem vagas de garagem que nascem todo dia. 

Na verdade, 90% das obras de superfície estão concluídas, mas os 10% restantes têm trazido extremo transtorno aos moradores, como por exemplo na Rua 5 (ali perto da Rua 6) e na parte de cima da Rua 8, onde se localiza a Vila São José. Nesses locais, há buracos, água escorrendo e ainda têm aquelas “casinhas” eternas na Rua 8. Já em parte da Rua 4A, moradores e comerciantes estão revoltados porque o rebaixamento da rua foi maior ainda que em outras vias, abaixo em mais de um metro dos acessos. 

O fato é que as obras de Vicente Pires foram algo muito sonhado por todos nós e elas estão quase no final. A cidade melhorou, devemos reconhecer, mas, os projetos de superfície deixaram muito a desejar. Os vultosos recursos públicos aplicados por aqui deveriam ter sido respeitados, em respeito ao bolso do contribuinte e ao sonho de todos nós, de termos uma cidade perfeitamente urbanizada. 

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